MST – A Verdade que o Campo Brasileiro Precisa Saber

MST – A Verdade que o Campo Brasileiro Precisa Saber

Quem está realmente sendo perseguido nas terras do Brasil?

Por Paulo Rodeo
Publicado em 23 de novembro de 2025

O Brasil rural vive um momento de guerra fria declarada. De um lado, produtores, agricultores familiares e assentados que receberam títulos definitivos durante o governo Bolsonaro. Do outro, uma máquina que mistura Incra aparelhado, decisões monocráticas do STF, decretos de desapropriação em série e o retorno triunfal das invasões do MST.

Nos últimos meses, percorremos o país atrás de provas concretas — não de narrativas de redes sociais, mas de documentos, processos judiciais, ofícios do Incra e depoimentos de quem está com a enxada na mão. O resultado é assustador: sim, existe perseguição seletiva contra quem ousou receber título de terra entre 2019 e 2022, e sim, o Supremo Tribunal Federal tem sido usado para desarmar legalmente quem tenta defender sua propriedade.

Movimento Sem terra escravidao terras

1. Títulos de Bolsonaro sob ataque seletivo

O caso mais emblemático está em Nova Mutum (MT). Em dezembro de 2022, 358 famílias do assentamento Pontal do Marape receberam títulos definitivos entregues pessoalmente por Jair Bolsonaro. Em outubro de 2025, o Incra de Lula enviou notificação de “suspensão por irregularidades processuais”.
O deputado Gilberto Cattani (PL-MT), que mora no mesmo assentamento, denunciou:
“É perseguição política pura. Querem cassar o título de quem apoiou Bolsonaro.”
O Incra nega cancelamento, mas admite “revisão administrativa”. Tradução: as famílias vivem na incerteza, sem poder vender, financiar ou passar a terra para os filhos.

Casos semelhantes já apareceram no Pará, Bahia e Goiás — sempre com o mesmo padrão: títulos emitidos no apagar das luzes de 2022 são os primeiros a entrar na mira.

2. O STF desarmando o produtor rural estado por estado

Enquanto o governo federal afaga o MST com mesas de negociação e verbas públicas, o Supremo derruba todas as leis estaduais que tentam proteger a propriedade privada:

  • Mato Grosso (2025) → Lei que tirava benefícios sociais de invasores declarada inconstitucional por unanimidade.
  • Minas Gerais, Acre e Rondônia → Mesma sorte.
  • Santa Catarina escapou por enquanto: a Lei do “Abril Amarelo” (19.226/2025) sobrevive porque é apenas “educativa”. Qualquer tentativa de punir invasor vira “invasão de competência da União”.

Resultado prático: o produtor só tem uma opção legal — rezar para a reintegração de posse sair rápido. Se demorar 30, 60, 90 dias, a lavoura já era.

3. O Sul mostra que união funciona (enquanto dura)

Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul provam que organização coletiva ainda é a melhor arma.

  • Rede Rural de Segurança (SC): mais de 8 mil propriedades mapeadas, rondas preventivas, zero invasão bem-sucedida em 2025.
  • “Abril Amarelo” (SC) e “Abril Verde e Amarelo” (PR): milhares de produtores acampados dia e noite nas porteiras.
  • Bahia criou o “Invasão Zero” com 800 fazendeiros em mutirão permanente.

Onde o produtor se une, o MST recua. Simples assim.

4. O que vem por aí

O pior ainda está por vir
O Decreto 11.995/2024 e o programa “Terra da Gente” permitem desapropriação por “interesse social” de terras que tenham qualquer pendência trabalhista ou ambiental — mesmo sendo altamente produtivas. Traduzindo: basta uma fiscalização seletiva do Ibama ou do Ministério do Trabalho para a área virar alvo de assentamento.

Conclusão: o campo não vai se curvar

Nós, do Fazenda Rodeo, estamos documentando cada caso, cada processo, cada ameaça. Porque a história não pode ser contada só pela Globo, pelo MST ou pelo STF.

A terra que você trabalha, que seus pais trabalharam, que seus filhos vão herdar, não é moeda de troca política.

Se você é produtor, assentado, agricultor familiar ou simplesmente brasileiro que acredita no direito de propriedade:

  • Registre tudo (fotos, vídeos, boletins de ocorrência, notificações do Incra).
  • Entre nos grupos de alerta da sua região.
  • Compartilhe essa reportagem.

Porque enquanto houver um trator ligado às 5 da manhã, enquanto houver uma porteira aberta para o sol nascer, o campo brasileiro vai resistir.

A luta não é de direita ou esquerda.
É de quem produz contra quem quer tomar o que não é seu.

Fazenda Rodeo – A voz do homem do campo
https://br.fazenda.rodeo/pt/

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